A sauna é uma prática essencial para rituais da saúde mental e física.
Um provérbio finlandês diz: “A sauna é a farmácia do pobre.” Além de servir como uma simples sala de banho, a sauna serviu mesmo como uma espécie de enfermaria e maternidade até o século 19.
A sua prática tem ganhado nomes ao redor do mundo, por exemplo:
Na Rússia o banho de sauna é chamado de Bania, na Tuquia Hamman, no Japão Mushiburo, na Roma Termas e entre outros que adquiram a sauna como um ato cultural em seu país.
Com a leitura da adaptação da sauna em cada país o México foi que mais me chamou a atenção:
No México o banho é chamado de Temazcal e durante o período pré-colombiano, o Temazcal era praticado no México pelos astecas, zapotecas, mistecas e maias para fins terapêuticos e de purificação, por ocasião de ritos de passagem para a maturidade, partos, enterros de parentes e outras cerimônias tribais. O termo Temazcal deriva-se da palavra temazcalli, da língua indígena náuatle, e significa “casa de banho”. Era uma estrutura de adobe retangular ou redonda, com teto abobadado. Dentro dela, aqueciam-se pedras vulcânicas e produzia-se vapor derramando sobre as pedras infusões de ervas, como alecrim e eucalipto. Batia-se levemente no banhista com ramos de plantas sagradas ou medicinais e a cerimônia terminava aspergindo-se água fria nele.
Na época dos vice-reis, os frades espanhóis opuseram-se a esse costume porque consideravam impróprio o banho misto (de homens e mulheres juntos). Mesmo assim, o temascal sobreviveu e ainda é usado em algumas regiões do México, principalmente para higiene, alívio de doenças ou recuperação pós-parto. No entanto, está aumentando o interesse em reavivar os aspectos religiosos tradicionais do temascal como parte da herança cultural do país.